Infeliz Amor

Cândido das Neves

Quando a luz da lua cheia
No alvo lençol de areia
Entre o lírico fervor
A espuma latejante
Sobre as ondas brandamente
O mar desmaia de lancor
Não sei que mistério existe
Quando vejo o mar tão triste
Julgo ouvir a minha dor
E a espuma transitória
Repetindo toda a história
Do meu infeliz amor

Choro este amor acrisolado
Que o pranto derramado
É a expressão do sofrer
E esta ingrata não acalma
Agonia de minh'alma
Que não para de gemer
Tristes olhos rasos d'água
É tão grande a minha mágoa
Que não podes compreender

Marolíquida esmeralda
Esta paixão que me escalda
Talvez possas entreter
Vai dizer a minha amada
Que minha alma apaixonada
Está cansada de sofrer
Ah se as tuas ondas quérolas
Se transformassem em pérolas
E sentir ações sem par
De joelhos delirante
Eu as daria a minha amante
Que tanto me faz penar

Choro este amor acrisolado
Que o pranto derramado
É a expressão do sofrer
E esta ingrata não acalma
Agonia de minh'alma
Que não para de gemer
Tristes olhos rasos d'água
É tão grande a minha mágoa
Que não podes compreender

Trivia about the song Infeliz Amor by Vicente Celestino

When was the song “Infeliz Amor” released by Vicente Celestino?
The song Infeliz Amor was released in 1960, on the album “Saudade, Palavra Doce”.
Who composed the song “Infeliz Amor” by Vicente Celestino?
The song “Infeliz Amor” by Vicente Celestino was composed by Cândido das Neves.

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