Querência Amada / do Fundo da Grota / É Disso Que o Velho Gosta

Vitor Mateus Teixeira / Antonio Cesar Pereira Jacques / Berenice Azambuja / Gildo Campos

Quem quiser saber quem sou
Olha para o céu azul
E grita junto comigo
Viva o Rio Grande do Sul
O lenço me identifica
Qual a minha procedência
Da província de são Pedro
Padroeiro da querência

Oh, meu rio grande
De encantos mil
Disposto a tudo pelo Brasil
Querência amada dos parreirais
Da uva vem o vinho
Do povo vem o carinho
Bondade nunca é demais
Berço de flores da cunha
E de Borges de Medeiros
Terra de Getúlio Vargas
Presidente brasileiro

E eu sou da mesma vertente
Que Deus saúde me mande
Que eu possa ver muitos anos
O céu azul do rio grande

Te quero tanto, torrão gaúcho
Morrer por ti me dou o luxo
Querência amada
Planície e serra
Dos braços que me puxa
Da linda mulher gaúcha

Beleza da minha terra
No meu coração é pequeno
Porque Deus me fez assim
O rio grande é bem maior
Mas cabe dentro de mim
Sou da geração mais nova

Poeta bem macho e guapo
Nas minhas veias escorre
O sangue herói de farrapo
Deus é gaúcho
É espora e mango
Foi maragato ou foi chimango

Querência amada
Meu céu de anil
Este rio grande gigante
É mais uma estrela brilhante
Na bandeira do Brasil
Deus é gaúcho
É espora e mango

Foi maragato ou foi chimango
Querência amada
Meu céu de anil
Este rio grande gigante
É mais uma estrela brilhante
Na bandeira do Brasil
Deus é gaúcho

É espora e mango
Foi maragato ou foi chimango
Querência amada
Meu céu de anil
Este rio grande gigante
É mais uma estrela brilhante
Na bandeira do Brasil

Deus é gaúcho
É espora e mango
Foi maragato ou foi chimango
Querência amada
Meu céu de anil
Este rio grande gigante
É mais uma estrela brilhante
Na bandeira do Brasil
Viva o Rio Grande do Sul
Viva Teixeirinha
Viva

Fui criado na campanha
Em rancho de barro e capim
Por isso é que eu canto assim
Pra relembrar meu passado
Eu me criei arremendado

Dormindo pelos galpão
Perto de um fogo de chão
Com os cabelo enfumaçado
Quando rompe a estrela d'alva
Aquento a chaleira já quase no clariá o dia
Meu pingo de arreio relincha na estrevaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada

Escuto o grito do sorro
E lá do piquete relincha o potro tordilho
Na boca da noite me aparece um zorrilho
Vem mijar perto de casa
Pra inticá com a cachorrada
Numa cama de pelego
Me acordo de madrugada
Escuto uma mão pelada

Acoando no banhadal
Eu me criei xucro e bagual
Honrando o sistema antigo
Comendo feijão mexido
Com pouca graxa e sem sal
Quando rompe a estrela d'alva
Aquento a chaleira já quase no clariá o dia

Meu pingo de arreio relincha na estrevaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Escuto o grito do sorro
E lá no piquete relincha o potro tordilho
Na boca da noite me aparece um zorrilho

Vem mijá perto de casa
Pra inticá com a guapecada
Reformando um alambrado
Na beira de um corredor
No cabo de um socador
Com as mão rodeada de calo
No meu mango eu dou estalo
E sigo a minha campereada
E uma perdiz ressabiada

Voa e me espanta o cavalo
Quando rompe a estrela d'alva
Aquento a chaleira já quase no clariá o dia
Meu pingo de arreio relincha na estrevaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Escuto o grito do sorro
E lá no piquete relincha o potro tordilho
Na boca da noite me aparece um zorrilho

Vem mijar perto de casa
Pra inticá com a cachorrada
Lá no santo do capão
O subiar de um nambú
Numa trincheira o jacú
Grita o sabiá nas pitanga
E bem na costa da sanga
Berra a vaca e o bezerro
No barulho dos cincerro
Eu encontro os bois de canga

Quando rompe a estrela d'alva
Aquento a chaleira já quase no clariá o dia
Meu pingo de arreio relincha na estrevaria
Enquanto uma saracura
Vai cantando empoleirada
Escuto o grito do sorro
E lá no piquete relincha o potro tordilho
Na boca da noite me aparece um zorrilho
Vem mijar perto de casa
Pra inticá com a guapecada

Eu sou um peão de estância, nascido lá no galpão
E aprendi desde criança a honrar a tradição
Meu pai era um gaúcho que nunca conheceu luxo
Mas viveu folgado, enfim

E quando alguém perguntava do que ele mais gostava, o velho dizia assim
Churrasco, bom chimarrão, fandango, trago e mulher
É disso que o velho gosta, é isso que o velho quer
Churrasco, bom chimarrão, fandango, trago e mulher
É disso que o velho gosta, é isso que o velho quer

E foi assim que aprendi a gostar do que é bom
A tocar minha cordeona, cantar sem sair do tom
Ser amigo dos amigos
Nunca fugir do perigo, meu velho pai me ensinou
E eu que vivo a cantar, sempre aprendi a gostar do que o meu velho gostou
Churrasco, bom chimarrão, fandango, trago e mulher

É disso que o velho gosta, é isso que o velho quer
Churrasco, bom chimarrão, fandango, trago e mulher
É disso que o velho gosta, é isso que o velho quer
Saí da minha fazenda e me soltei pelo pago
E hoje tenho uma prenda para me fazer afago
E quando vier um piazinho para enfeitar nosso ninho, mais alegria vou ter

E se ele me perguntar do que se deve gostar, como meu pai vou dizer
Churrasco, bom chimarrão, fandango, trago e mulher
É disso que o velho gosta, é isso que o velho quer
Churrasco, bom chimarrão, fandango, trago e mulher
É disso que o velho gosta, é isso que o velho quer

Trivia about the song Querência Amada / do Fundo da Grota / É Disso Que o Velho Gosta by Wilson e Soraia

Who composed the song “Querência Amada / do Fundo da Grota / É Disso Que o Velho Gosta” by Wilson e Soraia?
The song “Querência Amada / do Fundo da Grota / É Disso Que o Velho Gosta” by Wilson e Soraia was composed by Vitor Mateus Teixeira, Antonio Cesar Pereira Jacques, Berenice Azambuja, and Gildo Campos.

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