Ave-Maria da Tarde
Ave Maria, Ave Maria
Quando a tarde calma
Cai na pampa imensa
Em sua rude crença
Ele abre a alma
Se curva e ajoelha
Tira o chapéu
Admira o céu
E no chão se espelha
E nessa devoção de simples que é
Se agiganta na fé em sua oração
Com todo o fervor
Reza e agradece
Em humilde prece
A mãe do criador
O gaúcho é mesmo assim
Quando o dia chega ao fim
Numa campesina ave Maria.
Amoroso espera a chegada
Da noite enluarada
Que suave vem render seu dia