Meu Cavalo Colorado
Meu cavalo
Na mangueira da fazenda o seu pai foi apartado.
Tornou-se reprodutor este garanhão tostado.
Do namoro com uma zaina o cuiudo inda indome
Iniciou o seu renome no potrilho colorado.
Meu cavalo Colorado nasceu no mês de janeiro.
Registrei “Buenacho Dallas” por também ser missioneiro.
Crioulo de patas brancas, na testa o mesmo sinal.
Foi pra doma racional pra ser o meu companheiro.
Quando solto, em campo aberto, fanfarreia e escramuça.
Numa cancha de rodeio se adelgaça, se esmiúça.
Se ladeia, quadra o corpo, enquanto preparo armada
Só depois do boi no brete relincha fuçando eguada.
Cavalo doce de boca se tornou o Colorado.
Com estilo tranqueador, desfila todo empinado.
Na perna a marca “3G” se retouça no entrepelo.
Um centauro sinuelo que pras lides faz costado.
Para meu filho querido o pago se fez distância.
Pudesse, com meu cavalo, te buscava noutra estância.
Senta o pó, mas fica o rastro, que nem o vento desfaz.
Cavalgo léguas de paz para sentir tua fragrância.