Paz nos Campos

PAZ NOS CAMPOS

como as manhãs primaveris a despertarem
no catre largo do horizonte ao sol nascente
houveras chitas planura e lomba estendida
e a paz dos campos refletida nas vertentes.

não mais há sobras povoando os ranchos pelas coxilhas
não há troféus destes centauros de armas em riste
não mais o lume de um candeeiro sobre o baldrame
copiando os gestos da companheira que reza triste.

não mais silêncios pelas estradas para os campeiros
que o piu soturno de uma coruja não mais agoura
em desventura a vida é sonho do homem rural
pois este é rijo qual corunilha e pedra moura.

e a paz dos campos será completas por estes rumos
mateando unidos em volta amiga como irmãos
lavrando a terra domando potros lidando juntos
sem mais tramela no galpão grande do coração.

mas se alo largo nas sesmarias ainda persistem
velhos anseios em quietudes pelas querências
será de encontros de mãos calosas pra um mate amargo
romper barreiras das desavenças sem violência.