Do Alto
Letra de "Do Alto" por Xênia França
Tiganá Santana
Roseira abriu-se em mulher
Mulher errou de caminho
E o caminho da 'desamada'
É o grande amor a lhe surrar rumo à madrugada
Deixava a porta encostar
Lavava as mágoas com água
E a tristeza nunca enxaguava...
Pelo nome do bem querer
Mal queria nada
Mas seu nego despertou
Deu-lhe um beijo na testa;
A roseira roseou e a preta não quis festa
Regava um estio pra colher
Colhia mais que plantava
No plantio de cana amarga
Que amargava o seu langor
Quando o sol raiava...
De que valerá o arrebol
De que servirá ser alada
Se a inocência lhe fez culpada
Qual rosa que despetalou
Pra ser ofertada
Nunca mais nego voltou
Pros olhinhos da preta
Foi a preta que cegou ou a porta é que é estreita...
Esqueceu... preta esqueceu...
Preta virou breu... ao morro ascendeu...