O Selo de Sangue

Jose Fortuna

Lá no campo de batalha o pracinha escrevia
Pra sua noiva contando a saudade que sentia
Como era examinada todas carta que saía
Mandava boa notícia e a verdade não dizia

Um dia chegou uma carta e estava escrito Lurdinha
Eu estou bem de saúde e quando ler essas linha
Por não ter outro presente junto com esta cartinha
Tire o selo dessa carta e guarde por lembrança minha

Tirou o selo e por baixo com sangue viu assinado
Estou sem as duas pernas num hospital internado
Lurdinha foi na capela rezar pro seu bem amado
Pra que Deus mandasse ele mesmo que fosse aleijado

E quando a segunda carta a Lurdinha recebeu
Tirou o selo depressa com espanto percebeu
Embaixo não tinha nada rasgou o envelope e leu
Que num hospital de guerra o seu amado morreu

Lurdinha ficou doente pouco tempo mais durou
Dois selos tão pequeninos destruiu tão grande amor
O primeiro trouxe o sangue com que seu noivo assinou
E o derradeiro envelope foi a morte que selou

Trivia about the song O Selo de Sangue by Zé Fortuna & Pitangueira

On which albums was the song “O Selo de Sangue” released by Zé Fortuna & Pitangueira?
Zé Fortuna & Pitangueira released the song on the albums “Onde Cantam Os Maracanãs” in 1956, “O Sertão Canta” in 1959, “Lembranças” in 1978, and “Raízes Sertanejas” in 2005.
Who composed the song “O Selo de Sangue” by Zé Fortuna & Pitangueira?
The song “O Selo de Sangue” by Zé Fortuna & Pitangueira was composed by Jose Fortuna.

Most popular songs of Zé Fortuna & Pitangueira

Other artists of Sertanejo