Zé Geraldo (Poeta do Bem)
Conheci um coroa porreta
O rei da caneta, poeta do bem
Não sei o que aconteceu
Nosso sangue bateu gostou de mim também
O cara que viveu a ditadura
Manteve sua postura e não se vendeu
Virou de costas pro sistema
Vasou do esquema disse sou mais eu
Atravessou o deserto sozinho
Pisando em espinhos, mas ele venceu
Pra fazer isso é preciso ter peito
E o seu amuleto foi a fé em Deus
Quem atira flores
Sempre acerta o alvo
Já ganhou meu coração
Meu irmão Zé Geraldo
Hoje com os seus setenta
Ele arrebenta, ele vive na paz
Um pé na roça e um pé no rock
O coroa é top, o velhão é demais
Quando vê seu povo enlouquecido
Fica convencido de que acertou
Pra quem já tem estátua em vida
História vencida, pronta e acabou
A Lua transbordando ou não
Tem uma missão que não terminou
A vida segue a passo lento
Gael tem talento que herdou do vovô
Quem atira flores
Sempre acerta o alvo
Já ganhou meu coração
Meu irmão Zé Geraldo
Conheci um coroa porreta
O rei da caneta, poeta do bem