Lula do sertão
Zé Marconi
Moleque sambudo, sisudo, raçudo,
Sem eira nem beira, nem beira.
Carregou água de longe;
Correu no meio da capoeira,
Como os meninos do sertão,
Foram poucas brincadeiras.
Por Deus foi abençoado, amado,
Mudando a sua história, memória,
Entrando num pau-de-arara
Em busca de sua vitória,
Como os rapazes do sertão,
Sobrevivência era a glória.
Foram tantos sofrimentos, momentos,
De injustiça e perseguição.
Saiu do meio de nós
Ele é a miscigenação.
Chegou ao topo da pirâmide,
Com coerência e ação.
Veio lá do meio da capoeira, Todo mundo viu,
Luís Inácio Lula da Silva Presidente do Brasil.