Bairros de Lisboa

Alfredo Marceneiro

Vamos ambos pela mão
De duas rimas de Fado
Aos Bairros com tradição
Da boémia e do passado
Não quero entrar em despique
Mas se o quizesse fazer
Seria Campo d´Ourique
O primeiro a inaltecer

Mas o Bairro de mais fama
Mais Fadista mais Marujo
É a linda e velha Alfama
Do Norberto de Araújo
Lembra mais a nostalgia
Embora do mesmo agrado
Dum resto de Mouraria
Que ainda tem sabor a Fado

Bairros que o Povo acarinha
Tornam mais bela e fagueira
Esta Lisboa vélhinha
Tão vélhina e menineira
Esse Povo audaz boémio
Que Viveu em sobressalto
Era amigo, era irmão gémeo
Dos faias do Bairro Alto

Entre os bairros de Lisboa
Há um que é sempre criança
Vê lá bem se a Madragoa
Não Vive cheia de esperança
No pensamento nos passa
Essa boémia sem par
Que foi de Belém á Graça
De Benfica ao Lumiar

A tradição nunca finda
Ainda ninguém a matou
E o presente vive ainda
Do passado que ficou
E pronto a volta está finda
Para que andar mais á toa
Se Lisboa é toda linda
Se o nosso Bairro é LISBOA

Trivia about the song Bairros de Lisboa by Alfredo Marceneiro

On which albums was the song “Bairros de Lisboa” released by Alfredo Marceneiro?
Alfredo Marceneiro released the song on the albums “Recordar Marceneiro” in 2006 and “Alfredo Marceneiro” in 2012.

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