Desalma
Miguel Ramos, Diogo Clemente
Perdi hoje a minha alma às tuas mãos
Soubesse eu dar-lhe amor
Como te dera,
Pudesse eu dar-lhe os beijos
Lábios sãos
De quem beijou de amor e o soubera
Talvez não me fugisse de entre os dedos
A alma, como um barco que se afasta
Se à frágil condição de tantos medos
Pudesse eu ter de ti o que me basta
E dado o barco ao mar que o soube ter
Por medos e cansaços
Me perdera
Eu espero a vida inteira por te ver
E a vida que é só minha ainda me espera