Casulo

(casulo que me prendia, casulo de inocência,
fragilidade e inexperiência.)
Crio asas para a vida crua e fria,
(como não havia de ser nem agora nem nunca mais.)
Conheço então a liberdade que me permite ir aonde
minhas forças me levarem, muitas vezes voando longe.

E nessas chegando a lugar nenhum,
em outras apenas pousando
(e encontrando o conforto)
em uma rosa
(presa ao tempo crucificado.)
Sob minhas asas extensas,

Que não via, rosa que longe fui buscar,
(dentro de nós)
pois encantado com minha liberdade
em todas as rosas quis posar
(pra gritar ao mundo.)

(Enquanto a mais bela de todas, quase murchou. E de
seu néctar não havia provado... Nem de seu perfume,
nem de seu amor. Nossas asas nos levam onde devemos
chegar. Você pode voar para todos os caminhos, mas
deve encontrar o seu lugar, mesmo que isso signifique
gritar .)preso grito e confirmo que não compre meu
desejo, não aceite a condiçao futil e inesperada, não
disminta a verdade e finja que não sabia, viva preso
mesmo que nos minimos segundos, afinal dos minimos
terá montes de liberdade, aprender não faz mal e tente
viver para quem sempre sorriu, dentro e fora de
espelhos que sempre mentem o que há por dentro, mesmo
que não existam mais minimos e eu não saiba cumprir
novos pois se for assim a única coisa que me restara é
agonizar até o fim.