Cidadão de Papelão

Fernando Anitelli / Maíra Viana

O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
De pé na cova, sem vocação, sem convicção

À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura

Um cara, um papo, um sopapo, um papelão

Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura

O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, nem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai

À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura

Homem de pedra, de pó, de pé no chão

Não habita, se habitua
Não habita, se habitua

Trivia about the song Cidadão de Papelão by O Teatro Mágico

When was the song “Cidadão de Papelão” released by O Teatro Mágico?
The song Cidadão de Papelão was released in 2008, on the album “Segundo Ato”.
Who composed the song “Cidadão de Papelão” by O Teatro Mágico?
The song “Cidadão de Papelão” by O Teatro Mágico was composed by Fernando Anitelli and Maíra Viana.

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