Prefácio
O tempo 'tá voando, pivete
Imagina em '88, '87
Os cabelo era total mesmo
Nós não tinha nem sonho, mano
Que sonho que tinha?
Sonhar com o quê?
Nóis vinha do Capão
Aí, na Paulista, olha o tênis na vitrine
De uma hora pra outra comecei a usar umas roupa estranha
Umas blusa de jeans grafitado nas costa
Umas correntes de latão
De ferro, grossona
Imitando o RUN-DMC
As mina tiravam sarro
Eu investi sempre um pouquinho a mais que todo mundo
Porque eu não tinha nada a perder, mano
Então eu nunca
Não tinha um perigo maior que a minha própria vida real
Minha própria vida real já era um perigo, mano
Cada vez que ele começavam a entender o som
Eu fazia outro que não dava pra entender (pode crer)
Saía do rótulo
Até criar metade de
50% é amigo, 50% inimigo
Os inimigo vai ter que esperar
Depois eu volto, agora não vai dar não
Não dá pra ficar com eles nessa não
Unanimidade não é liberdade
É o contrário
Não pode isso, não pode aquilo
Então o que é que pode?
Ser infeliz pode
Ser feliz não pode
Simples assim
Broh, eu já não preciso da sua opinião
O bagulho 'tá maior, e agora?
'Tá tocando em todos os carro
Todos os bagulho
E agora?