Conto do Canto
JOAO DE JESUS PAES LOUREIRO, MARCELO DE VASCONCELOS CAVALCA MELO
Meus senhores e senhoras
Emprestem vossa atenção
Caminhando nestes versos
Pisando no mesmo chão
Vamos seguir o destino
De um homem sem profissão
De um homem cujo o trabalho
Tem sempre que ser a meias
Como uma aranha se prendendo
Cada vez mais pelas teias
Violão de coração, cujas cordas fossem veias
Não vou dizer o seu nome
Nem o seu nome diz nada
Não se faz nascer o dia
Da palavra madrugada
O nome desse que eu canto
Vamos saber na jornada
Só posso dizer que é gente
É vida, é semente, é encanto
É pólen de mil verdades na sementeira do espanto
Se agora canto por ele
Venha acompanhar meu canto