Segunda-Feira 13

Andreia Carreiras, Bruno Coelho, Diogo Melo, Pedro Sereno, Sérgio Borges

Pesa-me pensar, na ida torta da vida
Vida és tu que me projetas o pesar
Pesar dois gramas e meio, de mão meio cheia
Por estar, por estar a rebentar?

Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida

Rebentar cinzento, que me tolda o pensamento
Sobre o momento
Momento ilusionista, faz-te ser egoísta
Num momento a dois
E depois?

Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Termina ao começar

Já fechaste os olhos, com a esperança de ir mas afinal não vais?
Já foste mais que homem, foste crescido mas estavas num sitio qualquer onde
acabaste despido, no ato, tão corrompido ao perto tão nu, que tu deixaste de
ser tu, deixaste de existir.
E no meio de tanta escuridão o único clarão era uma luz no fundo de um túnel
infinito?
Ser feliz é mito.

Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Termina ao começar

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