Baile das Máscaras
São disfarces de todo lugar no mesmo salão, e todos vieram dançar
Mas, perceba, em seus lábios não há qualquer diversão, há algo de errado no ar
E a noite avança, e no meio da valsa um ruído irrompe a canção:
É a sonata dos corpos que caem no chão
Quem vai ser capaz de apagar
Da memória o assombrar do baile das máscaras?
Quem vai ser capaz de consertar
Tudo que se viu quebrar no baile das máscaras?
Há quem veja a agonia gritar, e estenda sua mão, e há quem desvie o olhar
E há feições que parecem gostar do caos no salão, e há quem se arrisque a orquestrar
A insana cadência, a precoce falência que parte sem se despedir
E entre o capo e o fine ainda há muito por vir
Quem vai ser capaz de apagar
Da memória o assombrar do baile das máscaras?
Quem vai ser capaz de consertar
Tudo que se viu quebrar no baile das máscaras?
Quando a mente te afronta, será que é capaz de dizer
Neste baile de máscaras, quem é você?
Quem vai ser capaz de apagar
Da memória o assombrar do baile das máscaras?
Quem vai ser capaz de consertar
Tudo que se viu quebrar no baile das máscaras?
Quem vai? Quem vai devolver o ar
Aos que vimos sufocar no baile das máscaras?