Olhando de Frente
Palavras perdidas como um livro vazio
Promessas de paz quando há crianças no frio
O medo e a dor certamente virão
Como as folhas que o vento um dia então levará
Pra morrerem depois espalhadas no chão
Ou como um grito que em vão vai se perdendo no ar
Como o sol que se põe ao fim de um longo dia
Hoje sinto sua falta logo eu quem diria
Mas fugia em vão sem ter nada a buscar
Mergulhava no escuro pra tentar escapar
Pensamentos se apóiam em toda sua razão
Onde estão as batidas do seu coração
Ouço gritos no corredor
As pessoas chorando pra acalmar a dor
Mesmo olhando de perto às vezes finjo não ver
Se o céu está cinza é por falta de amor
O vazio existe e não tem rosto nem cor
Mesmo olhando de frente não consigo entender
E não há porque morrer um pouco por dia
Deixar perder o sorriso em meio a tanta agonia
A vida insiste em lhe estender a sua mão
Te carregar sobre os ombros levantar-te do chão
Faz sumir sua dor e toda sua aflição
Já posso ouvir as batidas do seu coração