Preto Velho Celestino

Telmo de Lima Freitas

Num bolicho beira estrada, de cruzada
Encontrei o preto velho celestino
Testemunho dos meus tempos de menino
Prestativo e serviçal

A lembrança veio junto no assunto
No momento que eu olhei ele me olhou
Num sorriso machucado, o preto velho
Com saudade, perguntou

Como vão todos os teus? antes do adeus
Sem saber se me abraçava ou se sorria
Pelo jeito, constrangido, o preto velho
Pelos trajes que vestia

Não repare este meu jeito, caro amigo
Machucando esta purita com limão
Tiro a poeira da garganta, diariamente
Pra alegrar o coração

Minha aldeia comemora, volta e meia
Festejando quem chegou pra não ficar
Mas esquece o preto velho celestino
Um nativo do lugar

Este santo benedito, que, ao tranquito
Vai ganhando como pode o seu quinhão
Representa, nos cenários dos bolichos
A vontade de viver pelo seu chão.

Trivia about the song Preto Velho Celestino by Telmo de Lima Freitas

On which albums was the song “Preto Velho Celestino” released by Telmo de Lima Freitas?
Telmo de Lima Freitas released the song on the albums “Alma de Galpão” in 1980 and “Carteio da Vida” in 2002.

Most popular songs of Telmo de Lima Freitas

Other artists of Regional