Antigo Caderno

Amaral Lector, Rhuan Stevan, Bruno Godinho

Do laboratório ao mundo, eu me expresso
Movimentando os meus versos
Pra superar os projetos
Busco progresso, e ser melhor que os velhos yunnins, confesso
Tratando todo som como se fosse certo o sucesso


Imerso em velhos cadernos, tratando igual escaravelhos
Hieróglifos na parede, que a raiz insere
A Templo, formando impérios, focando no trampo sério
De auto-didatas natos ao topo, que o sopro infere


E o senhor prefere trabalhar na culpa ou na omissão?
A letra oculta que hoje ocupa os rascunhos
Aquelas que eu disse não, mó desperdício dos punhos
De ter rabiscos de cunho emocional nesse junho


Me sinto envelhecido quando o mês chega, irmão
E não ajuda perceber tanta composição
Se eu acertar, vira um blueprint, alicerce
E logo surge esse flerte, entre possibilidade e ilusão


O quanto é possível e o quanto não? Cadê?
A responsa pesa muito naquilo que eu vou dizer
Eles falam sobre responsa naquilo que eu digo
O que tu entende é só interpretação do meu dizer


Mas se a interpretação segue a ferir não segue rindo
Sou consciente que a evolução tá no ser
Desde o meu antigo caderno até o mais recente
A gente aprende, que o plano é adaptar, aprender e vencer


Desde o antigo caderno da Rednose
Pra lembrar pela manhã, amassei um boom bap hoje
Esse verde vem de onde, Mary Jane James Bond
Pra viver igual Bonnie e Clyde e morrer como Jack Rose


Antigo caderno é tipo um filme do Spyke
Estilo Lee, é o livro de Eli no mic
Uso a bic, uso Adidas, uso Nike
Mas isso não vale nada senão for por nossa liberdade


Dá um tempo doutor vou compor
Ela é ruiva, é complô e combina com o por
Combina com rap, funk, praia, Sol e
Desce quando bate o tambor


Tentando manter o coração puro
Lembrando minha mãe que sempre foi um porto seguro
E por mais que ser professora em Porto Alegre seja duro
Sempre me ensinou a ter humildade e fé no futuro


Errei demais, bebi demais
E aprendi errando, já que aqui é assim que se faz
Subiu arroz, subiu feijão, subiu o gás
Brasil, quando teus filhos vão viver em paz?


Errei demais, bebi demais
E aprendi errando, já que aqui é assim que se faz
Subiu arroz, subiu feijão, subiu o gás
Brasil, quando teus filhos vão viver em paz?


Gênio na caneta tipo um Magi, forte kazekage
Escrevo o destino, espero que o tempo não apague
Hoje me tornei mais sábio, me sinto o senhor Miyagi
Num barco de sonhos torcendo que eu não naufrague, huh


Eu sei que eu já tive pressa
Mas hoje eu descobri o arranjo dessas peças, ha
Lembro de cada conversa
Virando as letras que hoje a gente versa


Isso que faz eu não me sentir mal
Não é mainstream, não vim pra ser igual
Meu ponto de refúgio é meu caderno, meu conflito interno
Pra fugir do meu inferno astral


Isso que faz eu não me sentir mal
Mas eu nem sei se isso vai ser real
Mas cada verso meu é eterno, por isso eu me interno
Num estúdio e me sinto imortal

Trivia about the song Antigo Caderno by Yunnin

When was the song “Antigo Caderno” released by Yunnin?
The song Antigo Caderno was released in 2022, on the album “Atmos”.
Who composed the song “Antigo Caderno” by Yunnin?
The song “Antigo Caderno” by Yunnin was composed by Amaral Lector, Rhuan Stevan, Bruno Godinho.

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