Me Corte na Boca do Céu a Morte Não Pede Perdão

Jose Henrique Castanho de Godoy Pinheiro, Kleber Cavalcante Gomes, Andre Murilo Laudz

Lyrics Translation

Me corte na boca do céu, a morte não pede perdão
É o tambor desse destino oblíquo na palma da mão
Abre a porta da lua laranja aos montes quem lhe manjara
É que essa ponta solta é fumaça e chave que chapa a cara

Se os corais tivessem braços e pernas
Pegariam em armas
Pra travar guerra civil com a terra fuzil de sub aquática
O Estado acusa o golpe, fogueteiro não dá vacilo
E o que a faca arranca da cobra, dorme na zoeira do guizo

A mãe preta no barraco, o mundo é injusto
Porque só sobrou pra ela o balaio do peso do amor
E eu me vesti de solidão
Me vesti de solidão
E eu vou pro meio da rua
Carnaval é multidão
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
(E eu?)

Sem Deus no coração, sou só uma unidade de carvão
E o menino carvoeiro, na fé que move a nação
Ao ateu a reza e ao rezado a razão
E que no aterro da desgraça suba o cheiro da comunhão
Soldado morre na guerra do tráfico
Seu pai perguntou
'Porque nobre não manda seu filho pra morrer com anel de doutor?'
Na biqueira o outro filho com quem o irmão soldado trocou
Esticado em duas valas, dois filhos, um pai chorou
É que aqui só morre pobre, isso a TV não mostrou
Ou mostrou e eu nem percebi do sofismo que impregnou

Eu Me vesti de solidão
Me vesti de solidão
E eu vou pro meio da rua
Carnaval é multidão
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão

Eu me vesti de solidão
Me vesti de solidão
E eu vou pro meio da rua
Carnaval é multidão
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão

Me corte na boca do céu, a morte não pede perdão
I cut myself at the mouth of the sky, death does not ask for forgiveness
É o tambor desse destino oblíquo na palma da mão
It's the drum of this oblique destiny in the palm of the hand
Abre a porta da lua laranja aos montes quem lhe manjara
Open the door of the orange moon to the mountains who will understand it
É que essa ponta solta é fumaça e chave que chapa a cara
It's that this loose end is smoke and a key that plates the face
Se os corais tivessem braços e pernas
If corals had arms and legs
Pegariam em armas
They would take up arms
Pra travar guerra civil com a terra fuzil de sub aquática
To wage civil war with the earth, underwater rifle
O Estado acusa o golpe, fogueteiro não dá vacilo
The State accuses the blow, the rocketeer does not falter
E o que a faca arranca da cobra, dorme na zoeira do guizo
And what the knife takes from the snake, sleeps in the rattle's noise
A mãe preta no barraco, o mundo é injusto
The black mother in the shack, the world is unfair
Porque só sobrou pra ela o balaio do peso do amor
Because only left for her is the basket of the weight of love
E eu me vesti de solidão
And I dressed myself in loneliness
Me vesti de solidão
I dressed myself in loneliness
E eu vou pro meio da rua
And I'm going to the middle of the street
Carnaval é multidão
Carnival is a crowd
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Costume for allegory, your position is just an illusion
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
There is a vacancy in the embassy, there is rot
(E eu?)
(And me?)
Sem Deus no coração, sou só uma unidade de carvão
Without God in the heart, I'm just a unit of coal
E o menino carvoeiro, na fé que move a nação
And the coal boy, in the faith that moves the nation
Ao ateu a reza e ao rezado a razão
To the atheist the prayer and to the prayed the reason
E que no aterro da desgraça suba o cheiro da comunhão
And that in the landfill of misery rises the smell of communion
Soldado morre na guerra do tráfico
Soldier dies in the drug war
Seu pai perguntou
His father asked
'Porque nobre não manda seu filho pra morrer com anel de doutor?'
'Why doesn't the noble send his son to die with a doctor's ring?'
Na biqueira o outro filho com quem o irmão soldado trocou
In the drug corner the other son with whom the soldier brother exchanged
Esticado em duas valas, dois filhos, um pai chorou
Stretched in two ditches, two sons, one father cried
É que aqui só morre pobre, isso a TV não mostrou
It's that here only the poor die, this the TV did not show
Ou mostrou e eu nem percebi do sofismo que impregnou
Or showed and I didn't even notice the sophism that impregnated
Eu Me vesti de solidão
I dressed myself in loneliness
Me vesti de solidão
I dressed myself in loneliness
E eu vou pro meio da rua
And I'm going to the middle of the street
Carnaval é multidão
Carnival is a crowd
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Costume for allegory, your position is just an illusion
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
There is a vacancy in the embassy, there is rot
Eu me vesti de solidão
I dressed myself in loneliness
Me vesti de solidão
I dressed myself in loneliness
E eu vou pro meio da rua
And I'm going to the middle of the street
Carnaval é multidão
Carnival is a crowd
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Costume for allegory, your position is just an illusion
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
There is a vacancy in the embassy, there is rot
Me corte na boca do céu, a morte não pede perdão
Me corté en la boca del cielo, la muerte no pide perdón
É o tambor desse destino oblíquo na palma da mão
Es el tambor de este destino oblicuo en la palma de la mano
Abre a porta da lua laranja aos montes quem lhe manjara
Abre la puerta de la luna naranja a las montañas que la conocen
É que essa ponta solta é fumaça e chave que chapa a cara
Es que este extremo suelto es humo y llave que aplasta la cara
Se os corais tivessem braços e pernas
Si los corales tuvieran brazos y piernas
Pegariam em armas
Tomarían las armas
Pra travar guerra civil com a terra fuzil de sub aquática
Para librar una guerra civil con la tierra, fusil submarino
O Estado acusa o golpe, fogueteiro não dá vacilo
El Estado acusa el golpe, el pirotécnico no se equivoca
E o que a faca arranca da cobra, dorme na zoeira do guizo
Y lo que el cuchillo arranca de la serpiente, duerme en el zumbido del cascabel
A mãe preta no barraco, o mundo é injusto
La madre negra en la chabola, el mundo es injusto
Porque só sobrou pra ela o balaio do peso do amor
Porque solo le quedó a ella la cesta del peso del amor
E eu me vesti de solidão
Y yo me vestí de soledad
Me vesti de solidão
Me vestí de soledad
E eu vou pro meio da rua
Y yo voy al medio de la calle
Carnaval é multidão
El carnaval es multitud
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantasía para la alegoría, tu puesto es solo una ilusión
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
Hay una vacante en la embajada, hay podredumbre
(E eu?)
(¿Y yo?)
Sem Deus no coração, sou só uma unidade de carvão
Sin Dios en el corazón, solo soy una unidad de carbón
E o menino carvoeiro, na fé que move a nação
Y el niño carbonero, en la fe que mueve a la nación
Ao ateu a reza e ao rezado a razão
Al ateo la oración y al rezado la razón
E que no aterro da desgraça suba o cheiro da comunhão
Y que en el vertedero de la desgracia suba el olor de la comunión
Soldado morre na guerra do tráfico
El soldado muere en la guerra del tráfico
Seu pai perguntou
Su padre preguntó
'Porque nobre não manda seu filho pra morrer com anel de doutor?'
'¿Por qué el noble no manda a su hijo a morir con anillo de doctor?'
Na biqueira o outro filho com quem o irmão soldado trocou
En la esquina el otro hijo con quien el hermano soldado cambió
Esticado em duas valas, dois filhos, um pai chorou
Estirado en dos zanjas, dos hijos, un padre lloró
É que aqui só morre pobre, isso a TV não mostrou
Es que aquí solo muere el pobre, eso la TV no mostró
Ou mostrou e eu nem percebi do sofismo que impregnou
O mostró y yo ni me di cuenta del sofismo que impregnó
Eu Me vesti de solidão
Yo me vestí de soledad
Me vesti de solidão
Me vestí de soledad
E eu vou pro meio da rua
Y yo voy al medio de la calle
Carnaval é multidão
El carnaval es multitud
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantasía para la alegoría, tu puesto es solo una ilusión
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
Hay una vacante en la embajada, hay podredumbre
Eu me vesti de solidão
Yo me vestí de soledad
Me vesti de solidão
Me vestí de soledad
E eu vou pro meio da rua
Y yo voy al medio de la calle
Carnaval é multidão
El carnaval es multitud
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantasía para la alegoría, tu puesto es solo una ilusión
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
Hay una vacante en la embajada, hay podredumbre
Me corte na boca do céu, a morte não pede perdão
Je me suis coupé à la bouche du ciel, la mort ne demande pas pardon
É o tambor desse destino oblíquo na palma da mão
C'est le tambour de ce destin oblique dans la paume de la main
Abre a porta da lua laranja aos montes quem lhe manjara
Ouvre la porte de la lune orange aux montagnes qui la connaissent
É que essa ponta solta é fumaça e chave que chapa a cara
C'est que ce bout lâche est de la fumée et une clé qui frappe le visage
Se os corais tivessem braços e pernas
Si les coraux avaient des bras et des jambes
Pegariam em armas
Ils prendraient les armes
Pra travar guerra civil com a terra fuzil de sub aquática
Pour déclencher une guerre civile avec la terre fusil sous-marine
O Estado acusa o golpe, fogueteiro não dá vacilo
L'État accuse le coup, le pyrotechnicien ne fait pas d'erreur
E o que a faca arranca da cobra, dorme na zoeira do guizo
Et ce que le couteau arrache du serpent, dort dans le bruit du grelot
A mãe preta no barraco, o mundo é injusto
La mère noire dans la cabane, le monde est injuste
Porque só sobrou pra ela o balaio do peso do amor
Parce qu'il ne lui reste que le panier du poids de l'amour
E eu me vesti de solidão
Et je me suis habillé de solitude
Me vesti de solidão
Je me suis habillé de solitude
E eu vou pro meio da rua
Et je vais au milieu de la rue
Carnaval é multidão
Le carnaval est une foule
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantaisie pour l'allégorie, ta place n'est qu'une illusion
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
Il y a un poste vacant à l'ambassade, il y a de la pourriture
(E eu?)
(Et moi?)
Sem Deus no coração, sou só uma unidade de carvão
Sans Dieu dans le cœur, je ne suis qu'une unité de charbon
E o menino carvoeiro, na fé que move a nação
Et le garçon charbonnier, dans la foi qui anime la nation
Ao ateu a reza e ao rezado a razão
À l'athée la prière et au priant la raison
E que no aterro da desgraça suba o cheiro da comunhão
Et que dans la décharge de la misère monte l'odeur de la communion
Soldado morre na guerra do tráfico
Le soldat meurt dans la guerre de la drogue
Seu pai perguntou
Son père a demandé
'Porque nobre não manda seu filho pra morrer com anel de doutor?'
'Pourquoi le noble n'envoie pas son fils mourir avec une bague de docteur?'
Na biqueira o outro filho com quem o irmão soldado trocou
Dans le coin, l'autre fils avec qui le frère soldat a échangé
Esticado em duas valas, dois filhos, um pai chorou
Étendu dans deux fosses, deux fils, un père a pleuré
É que aqui só morre pobre, isso a TV não mostrou
C'est que ici seul le pauvre meurt, cela la TV ne l'a pas montré
Ou mostrou e eu nem percebi do sofismo que impregnou
Ou a montré et je n'ai même pas remarqué du sophisme qui a imprégné
Eu Me vesti de solidão
Je me suis habillé de solitude
Me vesti de solidão
Je me suis habillé de solitude
E eu vou pro meio da rua
Et je vais au milieu de la rue
Carnaval é multidão
Le carnaval est une foule
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantaisie pour l'allégorie, ta place n'est qu'une illusion
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
Il y a un poste vacant à l'ambassade, il y a de la pourriture
Eu me vesti de solidão
Je me suis habillé de solitude
Me vesti de solidão
Je me suis habillé de solitude
E eu vou pro meio da rua
Et je vais au milieu de la rue
Carnaval é multidão
Le carnaval est une foule
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantaisie pour l'allégorie, ta place n'est qu'une illusion
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
Il y a un poste vacant à l'ambassade, il y a de la pourriture
Me corte na boca do céu, a morte não pede perdão
Ich schnitt mich am Mund des Himmels, der Tod bittet nicht um Vergebung
É o tambor desse destino oblíquo na palma da mão
Es ist die Trommel dieses schiefen Schicksals in der Handfläche
Abre a porta da lua laranja aos montes quem lhe manjara
Öffne die Tür zum orangefarbenen Mond für diejenigen, die ihn kennen
É que essa ponta solta é fumaça e chave que chapa a cara
Denn dieses lose Ende ist Rauch und ein Schlüssel, der das Gesicht prägt
Se os corais tivessem braços e pernas
Wenn Korallen Arme und Beine hätten
Pegariam em armas
Würden sie zu den Waffen greifen
Pra travar guerra civil com a terra fuzil de sub aquática
Um einen Bürgerkrieg mit der Erde, dem Unterwasser-Gewehr, zu führen
O Estado acusa o golpe, fogueteiro não dá vacilo
Der Staat klagt den Schlag an, der Raketenwerfer macht keinen Fehler
E o que a faca arranca da cobra, dorme na zoeira do guizo
Und was das Messer von der Schlange reißt, schläft im Lärm der Rassel
A mãe preta no barraco, o mundo é injusto
Die schwarze Mutter in der Hütte, die Welt ist ungerecht
Porque só sobrou pra ela o balaio do peso do amor
Denn für sie blieb nur der Korb voller Liebe übrig
E eu me vesti de solidão
Und ich kleidete mich in Einsamkeit
Me vesti de solidão
Ich kleidete mich in Einsamkeit
E eu vou pro meio da rua
Und ich gehe in die Mitte der Straße
Carnaval é multidão
Karneval ist eine Menschenmenge
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantasie für Allegorie, dein Posten ist nur eine Illusion
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
Es gibt eine offene Stelle in der Botschaft, es gibt Verderben
(E eu?)
(Und ich?)
Sem Deus no coração, sou só uma unidade de carvão
Ohne Gott im Herzen bin ich nur eine Einheit Kohle
E o menino carvoeiro, na fé que move a nação
Und der Kohlenjunge, im Glauben, der die Nation bewegt
Ao ateu a reza e ao rezado a razão
Dem Atheisten das Gebet und dem Betenden die Vernunft
E que no aterro da desgraça suba o cheiro da comunhão
Und dass auf der Müllhalde des Elends der Geruch der Gemeinschaft aufsteigt
Soldado morre na guerra do tráfico
Ein Soldat stirbt im Drogenkrieg
Seu pai perguntou
Sein Vater fragte
'Porque nobre não manda seu filho pra morrer com anel de doutor?'
'Warum schickt der Adel seinen Sohn nicht mit einem Doktorring zum Sterben?'
Na biqueira o outro filho com quem o irmão soldado trocou
In der Drogenhöhle der andere Sohn, mit dem der Soldatenbruder tauschte
Esticado em duas valas, dois filhos, um pai chorou
Ausgestreckt in zwei Gräben, zwei Söhne, ein Vater weinte
É que aqui só morre pobre, isso a TV não mostrou
Denn hier stirbt nur der Arme, das hat das Fernsehen nicht gezeigt
Ou mostrou e eu nem percebi do sofismo que impregnou
Oder es hat gezeigt und ich habe es nicht bemerkt, vom Sophismus, der durchdrungen hat
Eu Me vesti de solidão
Ich kleidete mich in Einsamkeit
Me vesti de solidão
Ich kleidete mich in Einsamkeit
E eu vou pro meio da rua
Und ich gehe in die Mitte der Straße
Carnaval é multidão
Karneval ist eine Menschenmenge
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantasie für Allegorie, dein Posten ist nur eine Illusion
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
Es gibt eine offene Stelle in der Botschaft, es gibt Verderben
Eu me vesti de solidão
Ich kleidete mich in Einsamkeit
Me vesti de solidão
Ich kleidete mich in Einsamkeit
E eu vou pro meio da rua
Und ich gehe in die Mitte der Straße
Carnaval é multidão
Karneval ist eine Menschenmenge
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantasie für Allegorie, dein Posten ist nur eine Illusion
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
Es gibt eine offene Stelle in der Botschaft, es gibt Verderben
Me corte na boca do céu, a morte não pede perdão
Mi sono tagliato alla bocca del cielo, la morte non chiede perdono
É o tambor desse destino oblíquo na palma da mão
È il tamburo di questo destino obliquo nel palmo della mano
Abre a porta da lua laranja aos montes quem lhe manjara
Apri la porta della luna arancione ai monti che ti hanno visto
É que essa ponta solta é fumaça e chave que chapa a cara
È che questa punta libera è fumo e chiave che brucia il viso
Se os corais tivessem braços e pernas
Se i coralli avessero braccia e gambe
Pegariam em armas
Prenderebbero le armi
Pra travar guerra civil com a terra fuzil de sub aquática
Per combattere una guerra civile con la terra fucile subacqueo
O Estado acusa o golpe, fogueteiro não dá vacilo
Lo Stato accusa il colpo, il pirotecnico non commette errori
E o que a faca arranca da cobra, dorme na zoeira do guizo
E quello che il coltello strappa dal serpente, dorme nel rumore del sonaglio
A mãe preta no barraco, o mundo é injusto
La madre nera nella baracca, il mondo è ingiusto
Porque só sobrou pra ela o balaio do peso do amor
Perché a lei è rimasto solo il peso dell'amore
E eu me vesti de solidão
E io mi sono vestito di solitudine
Me vesti de solidão
Mi sono vestito di solitudine
E eu vou pro meio da rua
E io vado in mezzo alla strada
Carnaval é multidão
Il carnevale è una folla
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantasia per l'allegoria, il tuo posto è solo un'illusione
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
C'è un posto vacante nell'ambasciata, c'è corruzione
(E eu?)
(E io?)
Sem Deus no coração, sou só uma unidade de carvão
Senza Dio nel cuore, sono solo un pezzo di carbone
E o menino carvoeiro, na fé que move a nação
E il ragazzo carbonaio, nella fede che muove la nazione
Ao ateu a reza e ao rezado a razão
All'ateo la preghiera e al pregante la ragione
E que no aterro da desgraça suba o cheiro da comunhão
E che nell'immondizia della disgrazia si alzi l'odore della comunione
Soldado morre na guerra do tráfico
Il soldato muore nella guerra del traffico
Seu pai perguntou
Su padre ha chiesto
'Porque nobre não manda seu filho pra morrer com anel de doutor?'
'Perché il nobile non manda suo figlio a morire con l'anello del dottore?'
Na biqueira o outro filho com quem o irmão soldado trocou
Nel punto di spaccio l'altro figlio con cui il fratello soldato ha scambiato
Esticado em duas valas, dois filhos, um pai chorou
Steso in due fosse, due figli, un padre ha pianto
É que aqui só morre pobre, isso a TV não mostrou
È che qui muore solo il povero, questo la TV non ha mostrato
Ou mostrou e eu nem percebi do sofismo que impregnou
O ha mostrato e io non ho nemmeno notato del sofisma che ha impregnato
Eu Me vesti de solidão
Mi sono vestito di solitudine
Me vesti de solidão
Mi sono vestito di solitudine
E eu vou pro meio da rua
E io vado in mezzo alla strada
Carnaval é multidão
Il carnevale è una folla
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantasia per l'allegoria, il tuo posto è solo un'illusione
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
C'è un posto vacante nell'ambasciata, c'è corruzione
Eu me vesti de solidão
Mi sono vestito di solitudine
Me vesti de solidão
Mi sono vestito di solitudine
E eu vou pro meio da rua
E io vado in mezzo alla strada
Carnaval é multidão
Il carnevale è una folla
Fantasia pra alegoria, teu posto é só uma ilusão
Fantasia per l'allegoria, il tuo posto è solo un'illusione
Há uma vaga em aberto na embaixada, há podridão
C'è un posto vacante nell'ambasciata, c'è corruzione

Trivia about the song Me Corte na Boca do Céu a Morte Não Pede Perdão by Criolo

When was the song “Me Corte na Boca do Céu a Morte Não Pede Perdão” released by Criolo?
The song Me Corte na Boca do Céu a Morte Não Pede Perdão was released in 2022, on the album “Sobre Viver”.
Who composed the song “Me Corte na Boca do Céu a Morte Não Pede Perdão” by Criolo?
The song “Me Corte na Boca do Céu a Morte Não Pede Perdão” by Criolo was composed by Jose Henrique Castanho de Godoy Pinheiro, Kleber Cavalcante Gomes, Andre Murilo Laudz.

Most popular songs of Criolo

Other artists of Hip Hop/Rap